Sabe aquele instante delicioso em que você acorda de madrugada, com o corpo paralisado, os olhos arregalados, e a leve impressão de que tem algo no quarto com você? Pois é. Bem-vindo à paralisia do sono — um tipo de “brinde” que o cérebro dá quando resolve ligar a consciência antes de devolver o controle remoto do seu corpo.
Durante esse fenômeno, você está acordado, mas não consegue se mover. Enquanto tenta entender por que virou uma estátua de cera, percebe uma presença ao lado da cama. Às vezes, é uma sombra parada no canto. Às vezes, é alguém sentado no seu peito (romântico, não?). E às vezes, é só o gato. Mas você nem tem gato.
A ciência garante que isso tudo é normal: uma falha entre o sono REM e a vigília. Mas escritores de terror sabem a verdade: é um presente divino. Uma situação perfeita para fazer o leitor suar frio. Imagine o protagonista preso no próprio corpo, ouvindo passos. Sentindo o colchão afundar. E percebendo, bem devagar, que aquilo que o observa... sorri.
Quer inspiração para um bom conto de horror? Paralisia do sono é o ponto de partida ideal: você nem precisa inventar o medo — ele já vem incluso no pacote, com brinde e tudo.