Não vou fazer análise filosófica ou metafísica para esbanjar sapiência. Eis um resumo seco:
Dois sujeitos decidem fazer o que qualquer alma sensata evitaria: remar por trechos esquecidos do Danúbio e acampar numa ilhota deserta, rodeada por salgueiros retorcidos que parecem ter opinião própria sobre a presença humana.
No começo, tudo parece só esquisito — o tipo de desconforto que você culpa no vento, na comida enlatada vencida ou na paranoia básica de estar no meio do nada. Mas logo o ambiente começa a se contorcer: as árvores se inclinam demais, o solo muda de lugar sozinho, e um zumbido sinistro no ar começa a parecer menos vento e mais aviso.
Não demora muito até que os protagonistas percebam que a ilha não está apenas isolada — ela está em outra frequência da realidade. Uma zona onde entidades antigas, invisíveis e nada amigáveis, tratam humanos como mosquitos: ignoráveis, exceto quando resolvem bater de frente.
Ao fim, o passeio de canoa se transforma num pesadelo surreal com direito a sacrifícios, geografia mutante e uma vontade incontrolável de nunca mais olhar para um salgueiro sem pedir desculpas primeiro.